Escova progressiva de açúcar, marroquina, de chocolate, inteligente, light... Quem não sente vontade de experimentar? A promessa de um cabelo liso de comercial de xampu, à la Jennifer Aniston ou Cleo Pires, logo ao acordar, seduz qualquer uma de nós... Ainda mais quando a tarefa de se arrumar de manhã ou para uma festa mais parece novela mexicana.
Com tantas mulheres querendo dar um ponto final à guerra contra os fios rebeldes, era de esperar que explodissem no Brasil as ofertas de tipos de escova, e contabilizamos mais de 40 variações sobre o mesmo tema. Algumas com nomes inimagináveis, como mostramos no quadro abaixo. O acesso à técnica cresceu para o bem e... para o mal. Quem nunca ouviu falar de uma amiga que experimentou e acabou quase careca?
Mal me quer
Não bastasse o glutaral, outro vilão da vaidade e da saúde feminina é o já combatido formol. Pois saiba que ele continua na ativa, por baixo do pano, para dar o famoso efeito liso da progressiva em qualquer tipo de cabelo. Pelo visto, nem mesmo a morte, em 2007, de Maria Eni da Silva, de Goiânia, após uma única escova dessas, diminuiu o ânimo dos infratores.
Na ocasião, a Anvisa já havia proibido formol com mais de 0,2%. E, recentemente, a entidade foi além. A partir de junho de 2009, proibiu também sua comercialização em farmácias, supermercados e lojas de artigos hospitalares. Mas, numa pesquisa rápida em sites de busca na internet, é fácil conseguir um frasco de formol estabilizado a 37% e ainda receber pelo sistema delivery. Em comunidades do Orkut, a venda do produto e a troca de receitas sobre como fazer em casa a desejada EP. Não caia nessa roubada: o formol provoca sérios problemas de saúde e é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde!
Bem me quer
Ficando esperta para não arriscar um fio de cabelo com os traiçoeiros formol e glutaral, você pode, sim, ser bem-sucedida em seu projeto "Quero ser lisa". Para saber o que funciona, evitando frustrações, veja o que orientam estes especialistas para cada tipo de cabelo.
Para quem quer transformar ondulados em flat
Após a regulamentação do formol, fabricantes e salões passaram a oferecer escovas progressivas feitas com substâncias menos agressivas, como aminoácidos, queratina, polivitamínicos e substâncias hidratantes. Nessas, a escova seguida da prancha rompe as pontes de hidrogênio que dão forma aos fios; depois, a queratina e os demais ingredientes religam essas pontes, dando o efeito liso temporário por cerca de dois a três meses. "O cabelo também ganha brilho e cara de saudável, pois os ingredientes hidratantes preenchem as falhas causadas por químicas e agressões", explica Régis Feitosa, do salão De La Lastra.
Para deixar os cachos mais soltinhos e brilhantes
Se você leva horas para domar suas molinhas no dia a dia, pode tentar as progressivas que soltam os cachos, deixando-os mais abertos, e disciplinam o frizz. Importante: elas não deixam aquele liso chapado, apenas domam o volumão com competência. Essas revitalizam fios sensibilizados por química, que ganham maleabilidade e brilho. O efeito dura de dois a três meses.
Para ter crespos alisados para sempre
Fique esperta se oferecerem uma progressiva de queratina, aminoácidos e formol aparentemente dentro da lei (0,2%) para alisar afro e crespo. "Nesse caso, ela apenas reduz o volume. Se ficar lisinho, é sinal de que a fórmula tem ou níveis mais altos de formol ou outra substância não informada", revela Régis. Para ganhar fios como cordas de violão desde a raiz, só mesmo com as substâncias permitidas pela Anvisa: hidróxidos de sódio e de cálcio, guanidina ou tioglicolato de amônia.
Progressiva x Definitiva
Na primeira o alisamento é temporário, por atuar na camada superficial do cabelo, e sai com as lavagens (dura em média dois ou três meses). Nas novas fórmulas, suas substâncias hidratantes e principalmente a queratina preenchem a massa perdida, selam as cutículas e encapam cada fio, ficando menos armado. Já a definitiva atua na estrutura capilar, mudando a forma original do fio. O efeito liso só sai com o corte. E exige retocar a raiz conforme o crescimento.
Fonte: http://www.nova.com.br/

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